O perfil do Oficial de Inteligência
Essa é uma continuação das nossas postagens sobre a atividade de Inteligência e o perfil do Oficial que trabalha com ela.
São algumas as áreas de atuação do Oficial de Inteligência na Abin. Embora sejam um pouco diferente entre si, para todas elas, é necessário um pensamento crítico, perguntar-se continuamente como aquele fato ou situação pode ser visto por outro ângulo, como aquilo pode ser interpretado de outras formas, quais prós e contras daquilo, ou que outras explicações são possíveis para o que se observa.
É importante buscar ser isento nas análises e não deixar suas convicções ou posturas pessoais interferirem na análise e interpretação do seu tema.
Também é fundamental iniciativa para se manter atualizado nos temas da sua área, sem que seja necessário receber uma ordem ou orientação expressa pra isso.
Outro fator importantes, especialmente hoje, é saber trabalhar em redes virtuais, com pessoas que têm experiências e conhecimentos diferentes do seu.
Também é importante o trabalho em equipe. E não falo de um conjunto de trabalhos individuais que é reunido por alguém; falo de haver divergência, de contestar ideias, de fazer o papel de ‘advogado do diabo’. Ao contrário do que pode parecer, a divergência fortalece a análise, abre caminhos que não haviam sido pensados, traz novas idéias e soluções que não estavam prontas. A divergência é a fortaleza da análise de Inteligência.
Igualmente benéfico é a ousadia intelectual, a boa ousadia. Pensar o que não foi pensado, propor novas formas de olhar e de resolver problemas, assumir riscos em adotar novas formas de gestão e de soluções, criar um ambiente propício para a inovação.
Hoje fazemos pouco disso… Estamos cristalizados há anos em modelos que têm se mostrado abaixo da eficiência com as mudanças que aconteceram no mundo, quase distante do dever-ser da Atividade, com algumas boas ilhas de excelência.
Que estas ilhas cresçam e se multipliquem em outras áreas. O segredo – que poucos conhecem – é que pra essas ilhas existirem não adianta esperar que façam; é necessário simplesmente fazer.
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Muito bom!
O grande problema, hoje, é: aquelas e aqueles que acreditam possuir tal perfil não têm qualquer chance de testá-lo. E isso há oito anos (curiosamente, o exato mesmo tempo em que Wilson Trezza encontra-se na Direção Geral da ABIN)!
Se não fosse pela AOFI, aí é que não lhes restaria qualquer esperança!
Parabéns pelo texto e, mais, pelo projeto de postagens sobre o assunto!